quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
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Acidentes,
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A Aeronáutica e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro interromperam no fim da tarde de terça-feira as buscas ao monomotor que decolou de Belo Horizonte no dia 30 e desapareceu com três pessoas da mesma família na Serra da Concórdia, no Sul fluminense. Às 17h30, as condições de visibilidade eram desfavoráveis e as equipes de resgate decidiram reiniciar os trabalhos hoje. À medida que o tempo passa, diminuem as esperanças de que o empresário Antônio Pereira da Mata, de 64 anos, a mulher, Irene Barbosa Pereira, de 59, e a filha, Elisa Barbosa Pereira, de 36, possam ser encontrados em boas condições. Eles iam ver os fogos de Copacabana.
O monomotor Beech Aircraft, modelo V35B, mais conhecido como Bonanza, saiu do Aeroporto Carlos Prates, às 10h do dia 30, com Antônio Pereira no comando. O plano de voo previa pouso uma hora e meia depois, em Jacarepaguá, no Rio, mas a aeronave, de prefixo PT-JKU, sumiu quando sobrevoava Valença. A Aeronáutica só iniciou a procura na segunda-feira, seis dias depois. A família teve de avisá-la do desaparecimento.
Um avião e um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) foram deslocados para a serra, mas não puderam sobrevoá-la terça e segunda, devido às más condições do tempo. As buscas foram feitas ontem apenas por terra por bombeiros e cães farejadores, mas a mata fechada dificultou o trabalhos.
Dono de uma empresa de terraplanagem em Betim, na Grande BH, Antônio Pereira é piloto há mais de 12 anos. O Bonanza é o segundo avião do empresário, que voava por prazer e trabalho. Leonardo Antônio da Mata, de 33, diz que o pai nunca se envolveu em acidentes aéreos e era cuidadoso com a manutenção (veja a entrevista). A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a situação do monomotor e do piloto eram regulares.
A casa da família, no Bairro Guarujá, em Betim, era um misto de esperança e desespero ontem. Fora Elisa, Leonardo é o único filho do casal. Ele recusou o convite para ir ao ao Rio e preferiu viajar com amigos a São João del-Rei. De lá, ligou várias vezes para os pais, que não atendiam, mas pensou que estivessem curtindo o passeio. No domingo, iniciou investigação, soube que não pousaram no Rio e informou o desaparecimento: “Estranha-me passarem dias e as autoridades não saberem de nada.”
Aeronáutica
O tenente-coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação da Aeronáutica, explicou que o acompanhamento de pequenas aeronaves é diferente dos voos comerciais. “Elas seguem por corredor em que não é necessário o contato frequente. O desaparecimento foi relatado por parentes às 17h30 do domingo”, disse. Munhoz admite que o plano de voo previa pouso em Jacarepaguá e a Aeronáutica não foi acionada: “A Infraero deve apurar a não comunicação do sumiço da aeronave.”
O oficial negou que o avião estivesse fora da área de vigilância. “O radar pegou o sinal da aeronave, que estava a 3,1 mil pés, altitude considerada baixa, sobre a Serra da Concórdia. Não temos como afirmar se houve pouso forçado e é impossível fazer dedução sobre o voo”, disse. Ele explicou que, depois da decolagem em BH, o piloto fez um contato com um operador, mas numa frequência errada: “Ele foi orientado a mudar de frequência e não há relato de outro contato”, acrescentou.
Fonte: Uai
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