quinta-feira, 5 de março de 2009

Aécio quer impedir retorno de voos interestaduais para a Pampulha


A polêmica da transferência de voos do aeroporto de Confins para o da Pampulha voltou à tona. A aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da retomada de rotas regionais no Santos Dumont, no Rio de Janeiro, abre espaço para que medida igual seja tomada em Belo Horizonte. A Anac informa que a decisão sobre o retorno de voos interestaduais para a Pampulha vai passar pelo mesmo processo do Santos Dumont, com decisão via consulta pública.

O governador Aécio Neves se posicionou quarta-feira contrário à transferência. “Estive com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, há pouco tempo, e ele se mostrou sensível aos nossos argumentos. Compreendeu que o caso do aeroporto Santos Dumont é diferente do da Pampulha, que tem limitações técnicas muito específicas”, afirmou. Para ampliar os voos para a Pampulha, Aécio disse que deveria ter havido planejamento, investimentos para que isso pudesse ocorrer. “No que depender da nossa ação, e ela será vigorosa, até o limite do que nós pudermos atuar, o aeroporto da Pampulha ficará restrito aos voos regionais”, enfatizou o governador.

A volta das rotas da TAM e da Gol para o aeroporto da Pampulha chegou aos tribunais. Em outubro do ano passado, os moradores da região conseguiram liminar contra o retorno das operações das duas companhias aéreas para a região. A Anac pediu a reconsideração do despacho, que ainda não foi apreciado. “O retorno dos voos põe em risco a segurança, fere a lei ambiental e a própria legislação da Anac”, afirma Ricardo Alvarenga, advogado da associação.

A vinda da Azul Linhas Aéreas Brasileiras para Belo Horizonte também depende do fim da polêmica. Em BH, o plano da empresa é operar na Pampulha, mas para isso aguarda a decisão de consulta pública da Anac. A empresa promete tarifas, em média, 35% mais baratas do que as cobradas pela concorrência.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, acusou a Anac de ceder à pressão da Azul, que pretende operar apenas nos aeroportos centrais. Cabral defendeu a privatização do aeroporto Tom Jobim e disse que essa é uma tendência internacional, a concessão privada.

Fonte: Uai

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