Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (13/11/08) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o deputado Fábio Avelar (PSC), presidente da Comissão Especial dos Aeroportos, falou à imprensa sobre a conclusão dos trabalhos da comissão, que promoveu 12 reuniões para avaliar a atual situação dos aeroportos da Pampulha e de Confins e apurar a veracidade das informações sobre a transferência de vôos nacionais de Confins para a Pampulha. O relatório final, aprovado nesta terça-feira (12), condena veementemente a possibilidade de retorno de grandes aeronaves ao Aeroporto da Pampulha.
Segundo Avelar, são várias as questões que impedem que o terminal atenda vôos nacionais, mas a principal refere-se à segurança. "O Aeroporto da Pampulha não tem área de escape. Seria necessária a sua construção, o que acarretaria a redução do tamanho da pista, restringindo as operações com aeronaves maiores", disse Fábio Avelar.
Outro ponto destacado foi a importância da manutenção da Portaria nº 993, de 2007, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que detalha as restrições do aeroporto. De acordo com o relatório final, a "Anac declarou publicamente que para autorizar vôos, observa a capacidade operacional do aeroporto, e que a capacidade da Pampulha está completamente saturada. Assim sendo, não há possibilidade de expansão do terminal e não se pode liberar vôos além dos que já estão autorizados".
Em março de 2008, foi criada a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, que pretende operar vôos diretos da Pampulha para outras capitais. Para isso, estaria fazendo gestão junto às autoridades federais, o que estaria mobilizando os concorrentes. A TAM e a Gol entraram na Anac com pedidos de autorização de rotas para concorrer com a nova companhia. As duas empresas, que detêm mais de 90% do mercado doméstico, querem autorização para voar do Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro) para Vitória, Brasília e Pampulha, e também da Pampulha para Congonhas (São Paulo). A TAM e a Gol disseram que estão procedendo assim por necessidade de se manterem competitivas. Essas duas empresas só insistiriam nessa possibilidade se a Anac concedesse tal permissão para a Azul.
Fonte: ALMG
Nenhum comentário:
Postar um comentário